quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Acordei...














...e















...descobri que queria continuar sonhando... não é nada bom estar acordado.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Daquilo que (ainda) não compreendo...


Noite passada eu tive um sonho...
Sonhei que um grande dragão dourado me levava nas costas pelo mundo afora e voava tão alto que mal dava pra compreender o que se passava no solo enquanto eu circulava por entre as nuvens.
As pessoas, no chão inacreditavelmente longe, eram apenas borrões coloridos multifacetados que gritavam coisas incompreensíveis. (Não dá pra entender muita coisa quando se voa numa altura vertiginosa e inacessível humanamente!).
Voar era bom. Voar representava, naquele exato momento, um dos poucos momentos de felicidade plena e sincera que eu teria em minha vida. Poucas sensações se comparam a voar em costas de dragões dourados e isso era uma façanha pra mim.
Eu não sabia de onde ele havia surgido. Quando comecei a sonhar ele já estava ali, abaixo das minhas pernas com uma pele escamosa dourada e brilhante, mostrando-me o mundo de uma forma que eu jamais poderia conhecer sem ele.
Mas havia um problema: ele sabia disso. Dragões, seres inteligentes que são, sabem quando nós os seres humanos os admiramos e nos encantamos por aquilo que eles nos trazem.
Porém, todavia, entretanto isso não impediu o dragão de continuar a me levar sobre as costas. Pelo contrário, ele também gostava disso. É sempre bom para um dragão mostrar o quão habilidoso e capaz ele é ao voar.
Assim o tempo passou e o improvável aconteceu: eu me apaixonei pelo dragão dourado. Mas como isso não haveria de acontecer? Nenhum outro dragão no mundo, em toda a minha vida tinha feito o que aquele dragão dourado fizera por mim e isso era um fato. E como demonstrar isso ao dragão? Como fazê-lo entender que ele havia se tornado tão especial pra mim e que eu gostaria que ele voasse comigo nas costas por todo o sempre?
Dragões são seres livres por natureza. Vivem em sociedade, isso é verdade, mas se cansam com facilidade de levar pessoas às suas costas.
Por algum tempo eu consegui que o meu dragão dourado (a essa altura eu já o chamava de meu, pois eu o amava), ficasse comigo. Mas, como tudo na vida, ele quer ir embora...
Eu não sei o que faço com o meu dragão. Eu o amo, mas vejo que ele precisa de mais. Acho que ele, por dentro, queima tanto quanto eu. Acho ainda que ele também tem medo de me deixar... Claro! Existem pouquíssimos “navegantes de dragões” tão bons quanto eu. E não digo por modéstia, digo porque é um fato. Os navegantes de dragões de hoje em dia só querem ter várias espécies para mostrar aos outros navegantes de dragões o quanto eles são capazes e importantes.
Eu sou do tempo que importante, importante mesmo, de verdade, é só 1 dragão na vida da gente. E por isso, por amá-lo e achar que ele é realmente importante pra mim, é que não gostaria que ele fosse embora.
Hoje eu ainda não sei o que vai ser. O meu dragão me ama (disso eu sei e tenho certeza), mas de vez em quando bate um vento frio e ele sente vontade de ir embora, procurar por outros navegantes de dragões...
Não conte a ninguém, mas...



... desconfio...










... acho que em breve eu vou acordar. (e não vou gostar!)